domingo, 26 de junho de 2011

GuerREIro


Espadas pesam no orgulho.
Golpes me acertam a alma,
Completamente alheio, feito entulho.
Meus olhos perderam a calma.

Sequer sei onde errei, e se foi em vão?
Procuro entender por que estanquei,
Com meus olhos cegos não vejo a razão,
Quando descobrir, onde estarei?

Num corredor vazio, repleto de portas,
Tento passar por todas elas.
E nenhuma delas a chave comporta,
Ficarei só, observando, guardando. Sou boa sentinela?

O que me define? O que faço?
Me retenho ou desfaço?
Trancafiada está minha esperança!
E a vida é só lembrança.

Não gostei do que vi, onde estive.
Ainda assim caminhei.
Quem à angústia sobrevive,
Cultiva o segredo de ser Rei.

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