domingo, 26 de fevereiro de 2012

Luz de Ceifador


Olhos que reportam a alma,
Não notem o degredo que a mim rodeia.
Mantenham-se afastados os males da calma,
Cerrem-se para a luz que os incendeia.

Lágrimas, assíduas companheiras dos olhares,
Porque ensejos fazem recoar meus sentidos?
Tens sido ácidas para os amores,
Mantendo-os frios, adormecidos.

Pois, o que tens compreendido as pupilas?
Tantas preleções frequentaram; na noite; ao dia.
Sortidas em meio à negritude das vilas,
Enlaçando calúnia, amargura e arrelia.

Olhos que condicionam meu ser,
O que vedes é o prelúdio do tormento.
Mantenham-se voltados para o alvorecer.
Apartam-se para luz que os dará alento.

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