segunda-feira, 18 de abril de 2011

O Caminho das Pedras


Abra os olhos, a voz soave disse,
Avistei pela primeira vez o paraíso.
Com árvores coloridas, queria tanto que você visse!
E rios de chocolate, era lindo. Lindo.

O céu, tinha uma cor anil de primavera.
E coelhos rosas saltitavam pela grama,
Olhavam o relógio apressados, abortoavam as gravatas.
Sapos coachavam em drama.

Tudo era tão gracioso, meus olhos se enchiam,
As ondas nasciam da orla arrebentavam em alto mar.
Minha face transformada, como Alice me sentia.
Talvez por estar facinado com tantas Maravilhas.

Haviam posto a mesa,
Elegantes talheres de luz.
Uma fina toalha tornava completa a sutileza,
Estava à espera de uma companhia.

Com sua voz estridente, ouvi-o dizer.
_Trouxeram-no ao meu lar, digam-me porque?
_Encontramos o abandonado, senhor.
Ele calou, havia algo naquela sala que não podia ver.

Fechei os olhos, e tudo havia desaparecido.
Estava só, abaixo do céu em uma negra noite,
Galhos secos em árvores mortas e ratos pelo chão.
Voltara a velha realidade, havia sobrevivido.

Pela primeira vez, visitara o País das Maravilhas.
Ele me expulsara para que eu retornasse.
Precisava que eu aprendesse o caminho,
Sem que as pedras me levassem.

2 comentários:

Anônimo disse...

Ficou bom d+. Viagem pura...
Infelizmente muitos se perdem no caminho das pedras..
As vezes é uma viagem só de ida.


Paulo

Thaís Milani disse...

Pois é..... as pedras estão ai, chute-as ou acolha.