segunda-feira, 18 de abril de 2011

Tudo é vaidade.


Eu estava, só. Olhando para meu abismo.
O sol observava o infinito. Um grande prisco.
Porém, ele vira tudo. Desde o primeiro momento.
Então ele me dizia, para correr com o vento.

Eu, humano, falho, finito.
Eu, solitário, indeciso, aflito.
Eu, que tenho em meus olhos a noite aprisionada.
Eu, que sou tudo e ainda assim sou nada.

Ando a olhar para os cantos atinos
E corro, pois correr é meu destino,
Seguindo apenas o conselho ensolarado.
Tendo como aliado o vento, que sopra gelado.

Passo noites em claro, tenho tanto em que pensar.
Os meses passam rápido, saltando em meu calendário
Semanas são como virgens e parecem se entregar.
É o tempo meu inimigo, ou é delírio de solitário?

O sol raiou e se pôs, e vem ofegante ao lugar onde vai raiar.
O que foi, isso é o que há de ser;
O vento vai para o sul e faz seu giro para ao norte retonar.
Nada há de novo debaixo do sol, e o que se fez, isso se tornará a fazer.

Tudo tem o seu tempo determinado; Eis que tudo se faz.
Tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derrubar, e tempo de edificar.
Tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar.
Tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz.

Livro de Eclesiastes.

2 comentários:

Anônimo disse...

Esse ficou foda. Contribui com uma estrofe e ela foi a responsável por melhorar e concluir o poema.Boa ideia em pegar trechos bíblicos.

PAulo

Thaís Milani disse...

É obrigada :D .. parceria na madrugada de escrever :D