segunda-feira, 26 de julho de 2010

O Monte


O vento ateava de leve
Uma vida a transpassar
Sublime água escorrendo breve
Moço, corpo e alma a vaguear

De longe sinto o sopro
Romance entre a fada e o ogro,
Éreis tu o pássaro a voar
E eu o peixe no mar.

Éramos sós em siso
Tilintar de moedas, não viso
No vácuo não há o ar
Tomou-te a extenuar

È difícil compreender
A dama negra derradeira.
Lançado em precipício ver
Tormenta e cegueira.

Permaneces ou vais
Saberia eu... Jamais.
Prossegues ou regresses
Aclamo em angústia nossas preces.

Os olhos se tocam.
Um beijo indolor
Do fôlego exalam
Vida e amor

Paira no ar
A doce ilusão
Um dia reencontrar
D’alma a paixão

O calor esvaece
Sofro absorto
Deixara o corpo
A vida perece.

Ser ou não ser?
É questão de aventura.
Ser é viver,
Não ser é loucura.

A insanidade sã
Da mente aflita
A morte da alma irmã
Que o sofrimento extirpa

Vá... Óh, bela ave. Liberte suas asas
Atravesse nossa ponte.
E alce voo sobre o monte.
Que entre a morte e a vida perpassa.

Asas de esperança
Com leveza se exibindo
Derramam felizes lembranças
Daquele tempo bem vindo.

Onde fôlego que longe andas
Habitava o peito vívido
O mar deleitoso de ondas
O céu puro e límpido

Vai ao longe
Além do monte
Chamasse o monge [tardiamente]
Vives agora em minha mente.

Passe dos montes
Faz e desfaz
Afasta-se aos montes
Livre em paz.

O monte, ao longe
Ao longe, o monte
Foi-se a vida e o monge
Jaz morte amor, descanse no monte.

3 comentários:

Unknown disse...

Thata,
como voce pode escrever tão bem?
tenho certeza que em breve vou encontrar livros seus em várias livrarias do país e do mundo.
Continuei fazendo esse sucessão!!!
Bejão!!!!!!!
Thau

Winchester disse...

ela sabe msm escrever poemas.,,.muitoo bom msm.,,.

Thaís Milani disse...

Obrigado gente *___*