
Santa luz da Ignorância
Sobre a treva jaz
Espúrio lar da astúcia
Monarca da ilusória paz
Transborda-te em doce deleite
Incisa de sabedoria
Aguardas por quem te aceite
E satisfaz-se em tua orgia
Ignorância da terra minha
Envolves com tanto ardor
És tu erva daninha
Causa asfixia e dor
O mal da víscera humana
no acaso vagueias
cobres a envergadura profana
tornas as mentes estreitas
Aquele que a ti se entregas
Lançasse a profundidade
A luz teus olhos cegas
Embevece a integridade
Se de fato esqueceres;
O que é Estupidez?
Deflagra os saberes
Faz dos erros Reis.
Vasto império do que amam,
Estar à vida, alheio
São bondosos os que te avocam
E maldito eu que te odeio?
Sabes tu exatamente
o que a Treva faz?
Decrépita sutilmente
Liberando de ti os ais.
Sorte lançada ao vendo
É o medo que a trás?
Padeço por ti neste momento
Peço que descanse em paz.
Éreis tu flor tão bela
Seleta em meu solstício
Retirara de ti a chama da vela
Laçou-a em precipício
Celestialmente pairou,
no céu, a flor sabedoria
O homem quem a matou
deixou-a defronte a artilharia
Os arrojos corromperam as asas
De cor, branco puro sublime
Jamais voltarias às casas
Lançada a morte, que a subestime.
Com perjúrio lamentoso
Via-a partir;
Pareceu-me indecoroso
Ver deixá-la de existir
A Santíssima sabedoria
neste momento se despedia,
alçava um voo eterno
Indo ao longe deste inferno.
Seu sepulcro lacrado
Recolheu toda luz;
Enegrecido mundo alado
Escuridão à alma jus.
Sucumbiu a sabedoria
Consigo levando a humanidade
Se na Ignorância esta viveria
Pereceria de insanidade.
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