terça-feira, 24 de maio de 2011

Bom dia


Hoje acordei assim, um pouco de mundo, um pouco de mim.
Pensando onde já estive e por que parei aqui - é o fim?
Na esquina sombria da alma, com uma indagação!
Eu, que já foi príncipe e vilão. Estou estático, sem ação.

Todos os dias quando acordo, sou novo e sou velho.
Uma antítese sobre pernas, que sonha e deseja,
Nego-me e aceito, esse é o meu evangelho.
Traio meus antigos sonhos por novos, e que assim seja.

Descubro em mim, as melhores armas para usar na guerra.
Escondo os pré-conceitos; O medo caí por terra.
E desta forma, desvaria e inconsequente vou me recriando
Em territórios nunca dantes desbravados, estou caminhando.

Hoje acordei assim, um pouco menor, um pouco maior.
Diminuí em minha descrença, indiferença, na dor e ilusão.
Aumentei minha coragem, sabedoria, alegria e valor,
Tomei-me uma peça rara, de minha própria coleção.

Todos os dias quando acordo, sou futuro e passado,
Um verbo conjugado em duas direções, lado a lado
Eu que sempre expiei meus pecados, sobre o pó
Estou me sentido cinza, estou me sentindo só.

Descubro em mim, a melhor arma para contratempos:
Amar meus erros, pois deles me farei mais amável.
Estou entendendo, de vagar, que para tudo existe o tempo.
E aos poucos, como grãos semeados; Estou me tornando inabalável.

Nenhum comentário: