quarta-feira, 28 de julho de 2010

Epopéia do Amor


Hoje vos apresento; o sentimento mais nobre.
Tão forte quanto ouro e ferro
Mais denso que prata e cobre
Supre a alma e os pulmões, longe de tal, o homem morre.

È curioso pensar que o medo, por vezes o espanta
Algo tão puro e sublime.
Carece de alma santa?
Se quiseres manter-se sã, jamais o subestime.

Sentada a olhar o mar, repousa a moça feia
Abdicara amar? Ou tomaram-lhe em peia.
Não sofras minha querida, assim é o amor
Desgostoso ato dócil, que preenche a alma de dor.

Céus como queria... Poder lhe confortar
Em bravura e covardia, ateá-la dentro ao mar.
Bem sei eu que morreria, morte digna de moribundo
Se não amasse como amo, alguém neste meu mundo.

Amar é doce deleite, de uma alma empertigada
Procura quem o aceite e faz de ti sua morada.
O simples ato do “sim”, não somente uma atitude
Amar sem ver o “não”, é amar em plenitude.

Moça feia do meu mar.
Moça bela do meu coração.
Quisera eu fazer-te amar
Quisera eu tomar-te a mão

Não, não sou moço galante
Só procuro por uma alma pura,
Que me queira como amante
E eu esqueço a feiúra.

Juras, não lhe prometo. Sei que posso não cumprir
Em teus braços me intrometo, para fazê-la existir
Só compus este poema, para que me ouvistes.
Tantas vezes, sem dilema, me olhou e não me vistes?

Indecoroso e doloroso, assim é o amor.
Vívido e presunçoso lança a alma em tormento
Duas desta dor eu sinto, se para amar-te for.
Se existo e se respiro, é por nutrir tal sentimento.

Jurar-te-ia amor eterno, se pela eternidade viveria
No entanto só te juro amor terreno, onde sei que cumpriria
Amar-te minha dama, torna-me cavalheiro
Agrega-me em outra metade, torna-me inteiro.