terça-feira, 2 de novembro de 2010

O Trem


Traços, riscos e pontos.
Escrevo no livro do coração
No rosto medo e espanto
Nas mãos gotas de sensação.

Olhos tão aflitos e imersos
Nas palavras soltas da imaginação.
No papel frases e versos.
As lágrimas de emoção.

Assisto o trem que parte
E retorna à estação
Ontem era cedo e hoje é tarde
Corro em busca de proteção

Um trem sem passageiros
Preenchido apenas de solidão
Pelo caminho incerto e estrangeiro
Vagueando de vagão em vagão

Tivera eu medo, de tomar essa direção!
Os caminhos que percorri, nos trilhos estão.
A vida é uma carga, sem dimensão.
Que peregrina no vale e também no sertão.

Traços, riscos e pontos.
Vão tomando proporção.
Vai-se ao longe o trem de tantos.
No vazio de sua imensidão.

Um comentário:

Anônimo disse...

Disse a ela que passava uma certa tristeza. Porém, retrucou que não.
Ao fim, fui convencido que há menos tristeza.
Assim, ganhou a solidão.

Escreve muito..


Paulo.