
Não sou flor que abrolha no quintal de casa;
Apenas, peixe que nasce em mar de ressaca,
Pássaro que voa no temporal,
O sol da meia noite, a aurora boreal.
Um oásis que surge em meio ao deserto
Estou longe, mesmo quando estou perto.
O choro que brota no carnaval,
O riso que escapa no funeral.
A negação de mim mesmo
O bem e o mal – o humano animal.
Que procura pela vida á esmo
E encontra o final – a fonte vital.
Um livro sem história.
A palavra sem tradução.
Um reino alheio à escória.
A sentença e a salvação.
A glória, o medo e raiz.
Um rosto, o selo e milagre.
A dor, a cura o vinagre.
O advogado, o réu e o juiz.
“Dentro de nós há uma coisa que não tem nome, essa coisa é o que somos”.
Ensaio Sobre a Cegueira;José Saramago
4 comentários:
curti! :D
E belamente vercejando se homenageia.
Jorge Manuel Brasil Mesquita
Lisboa, 22/11/2010
Obrigado.
Pow, doideira. Singela homenagem....
Paulo.
Postar um comentário