
Vou caminhando, sereno e sorrindo.
Não tenho medo e nem busco abrigo.
Vou vagando – assistindo;
O mundo inteiro se acomodar.
Dobrando as suntuosas esquinas
Descobrindo o novo das vidas;
Aprendendo a ser bem-vinda
Por onde eu passar.
Nestas largas ruas esculpidas
Vou ganhando novas feridas.
Sanando aquelas antigas
Que jamais hei de encontrar.
As pontes são os melhores caminhos;
Deleito-me a ver os rios.
Silenciosos em seu aninho
Cultivando com modéstia um altar.
Eu olho para a luminosa água.
A pureza que a meus olhos salta
Uma melodia tão doce e alta,
Levando a alma á flutuar.
Aquele pitoresco obelisco.
Pelo frígido metal ereto;
Encoberto pelo concreto
Vem a todos abençoar.
Consagra qualquer um, que como eu.
Trás o mundo na memória.
Observando da ponde de glória.
A felicidade se banhar.
2 comentários:
"As pontes são os melhores caminhos"
Bom, costumam dizer que eu acho os poemas tristes. Posso dizer que este não é. Pode - se dizer que são o histórico de passagem de qualquer um que se aventura sobre ela...
PAulo.
só há belas pontes de amor quando são atravessadas pelos pés do silêncio cruzando o luar.
Jorge Manuel Brasil Mesquita
Lisboa, 04/11/2010
Postar um comentário