
Espero embevecida, pelo manto escuro
Deleitar-me em teu frescor
Aventurar-me em teu enduro
Sentir, em minha face tocando, o pávido torpor.
Perante teus olhos, deitar-me nua
Lançada a pluma, à face da lua
Entrelaçada em teus insanos ares
Correntes dispersas dos sete mares
O lábio doce e sombrio
Imprime desejo e frio
Rompe em meu seio o calor
Aufere da minh’alma o amor
Sob uivos constantes e sublimes do vento
Anseio-te sem temor
Entre o prostíbulo e o convento.
Entre o profano e a dor.
Sou como a ave silvestre
Que sobre tua aura mestre
Alça um voo indolor
Pintaria a alma celeste, como um quadro sem cor.
Óh!Faceta negra, que condena-me a anseios
Encontrei em ti mil meios
De partilhar o estupor
Falta-me atingir o ápice, amado sonhador
Noite cálida e suntuosa
Servida de espinho e rosa.
Úmida de esplendor
Libertas-me da clausura, que aprisiona meu interior.
Meu peito estremece aflito
Resolves por mim tal conflito
Que emerge ao fim do dia
E submerge-me em agonia
Preciso romper o fio
Perigoso como um pavio
E enfim me libertar
Da tormenta que surge ameaçadora, assim que a lua no céu hastear.
3 comentários:
Oi Thaís,
Simplesmente maravilhoso seu poema, extrememte rico em palavras, sensual, mas inocente, perfeito.
Bom resto de semana, querida ;)
Obrigado querido *_*
Uiii!
rs
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