
Ela baila no azul celeste
Com mansidão e delicadeza
Deixando-se levar de oeste a leste
Libertando-se com a proeza
Permite-se contemplar pelo cortiço e sarjeta
É suave, doce e gentil
Vem graciosa a bela borboleta.
Esvoaçando pelo azul anil
É verdade que pouco viverá
De fases sua vida é repleta
A morte jamais esperará.
Quer ser feliz e completa.
Esvoaça, Óh serzinho!
Deixe seu rastro de ternura
Traceje seu próprio caminho
Deite a vida á quem procura.
A criança enche os olhinhos
Quando vê a borboleta
_Mamãe, olha o bichinho.
Grita alto o espoleta.
Antes, na outra face
Ninguém queria tocá-la
Se no casulo a encontrasse
Iria cruelmente matá-la.
Ela transformou-se ligeiramente
Possuí uma esplendorosa beleza
Que se desprende confiantemente
Esbanjando alegria e leveza.
Pousada na flor
Abre as asas enamoradas
Contemplando com amor
A perfeição enfileirada
O animalzinho encantado
Alça um voo incolor
O presente que lhe foi dado
Chegou ao fim, sem nenhuma dor.
3 comentários:
Borboleta me lembra teoria do caos...
Viagem...
Gostei da forma como descreveu a vida das borboletas.
Escreve muito!
Paulo.
Oi Thaís,
Que lindo o poema, como sempre, mas triste também, alçou um vôo incolor sem nenhuma dor, grande poema!
Abraços querida
obrigado gente. É um poucoo tristonho mesmo.
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