sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Erros. Tentativas. Mortes. Afogamentos.


Vou caminhando de vagar
Os pés bem presos ao chão
Quisera tanto poder voar
Sentir no corpo a emoção.

Fui podada como a flor
Da maneira mais cruel
Também regada com amor
Adoçada com mel.

Lamentei por demais
Chorei por dor e aflição
Deixei morar em mim tantos ais
Que encobriram minha visão

Permiti-me soterrar
Ter meu destino violado
Quis privar-me de errar
Tornei meu espírito calado.

Lancei-me no precipício
Lacrei-me no meu interior
Afugentei qualquer indício
De aconchego e calor.

Errei. Da maneira mais inocente.
Tentei. E falhei em detrimento.
Matei-me. De uma forma irreverente.
Afoguei. Acolhendo o sofrimento.

Chorei. Como a doce criança.
Permiti. Que ditassem meu ser.
Brinquei. Com a fé e esperança.
Lapidei-me. Para enfim crescer.

A maturidade trouxe-me novos olhos
Vejo como um jovem ancião
Todas as gotículas desse abrolho
Ensinaram-me uma lição.

Um comentário:

Anônimo disse...

É, vamos caminhando, traçando nossos objetivos.
Em nossas vida enfrentamos vários desafios, os quais aprendemos a superar, sem hesitar.
Permitir ações quando necessário.
Para acalmar chorar.
E por fim a maturidade alcançar...

(Acho que não interpretei muito bem)

Paulo.