domingo, 21 de novembro de 2010

Meu Eu - Homenagem a José Saramago


Não sou flor que abrolha no quintal de casa;
Apenas, peixe que nasce em mar de ressaca,
Pássaro que voa no temporal,
O sol da meia noite, a aurora boreal.

Um oásis que surge em meio ao deserto
Estou longe, mesmo quando estou perto.
O choro que brota no carnaval,
O riso que escapa no funeral.

A negação de mim mesmo
O bem e o mal – o humano animal.
Que procura pela vida á esmo
E encontra o final – a fonte vital.

Um livro sem história.
A palavra sem tradução.
Um reino alheio à escória.
A sentença e a salvação.

A glória, o medo e raiz.
Um rosto, o selo e milagre.
A dor, a cura o vinagre.
O advogado, o réu e o juiz.

“Dentro de nós há uma coisa que não tem nome, essa coisa é o que somos”.
Ensaio Sobre a Cegueira;José Saramago

4 comentários:

Damiany disse...

curti! :D

Jorge Manuel Brasil Mesquita disse...

E belamente vercejando se homenageia.
Jorge Manuel Brasil Mesquita
Lisboa, 22/11/2010

Thaís Milani disse...

Obrigado.

Anônimo disse...

Pow, doideira. Singela homenagem....







Paulo.