
Escrevo - pois meus lábios estão privados do canto.
Esta é a maneira mais pura de me proclamar,
Meu verso é a vida de meu pranto,
A minha voz suave a se declarar.
Os pecados de m’alma são supérfluos,
Estão próximos o suficiente para tocar.
Uma parede contém o que é malévolo,
Devo eu a beleza viver e contemplar.
Escrevo - pois as palavras são grandes consoladoras,
Observam atentas e respondem com sabedoria.
Possuem severidade e também melancolia,
São ardentes, auspiciosas; Tentadoras.
O fascínio de meu ser: ter na mão um papel.
Confabular com meu íntimo, selar minha inspiração.
Possuir o lugar, onde eu possa recrear meu céu.
Retirar a venda dos olhos e a poeira da emoção.
Escrevo - pois me reinvento a cada letra, cada verso.
O novo é o que flameja, estimula e completa.
Deito a mão o que o pensamento goteja adverso.
Isso me faz grandioso. Isso me faz poeta.
“Quem possuiu a alma de poeta, aprende a ver beleza até na pestilência.”
Thaís Milani
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