
Corra, vá à longe e esconda-se;
Em um muro, mascara ou sorriso.
Povoe teus olhos com o mais puro aviso
As lágrimas que nele abrigam-se.
Tampe as narinas com odor da descrença.
Asfixie o sonho que nasce na infância.
Impeça a alma de respirar a decência
Mate o desejo e enterre-o com a ânsia.
Cegue teus olhos com o ódio.
Torne a terra imprópria com sódio.
Seque o poço da liberdade, o choro.
Lança-se na lama e usufrua sem decoro.
Compre o sonho que não se concretiza.
Enalteça e enfureça o rancor.
Silencie o lábio que profetiza.
Preencha a vida com dor.
Desabrigue qualquer sentimento.
Deite-se com a morte.
Desrespeite a sorte.
Liberte-se ao vento.
Somente assim sofrerá o luto,
Tornar-se-á astuto,
Aprenderá a crer,
Ensinará a ser.
Desta maneira, quase brutal.
O frágil ser carnal,
Apõe a sua essência,
A necessidade de acrescer a Experiência.
Nenhum comentário:
Postar um comentário