
Um corpo, sem vida, sem cor.
Lábios intransigentes e secos
Sorrisos duros, faces de dor
Vielas. Ruas. Negros becos.
É como estar de olhos crus,
Estampando aflito o medo
Á vista sonhos nus
Ocultos sob o enredo.
Desde então, parti enfurecido
Domando meu, desconhecido, viver;
Estraçalhando o passado, envelhecido
Encobrindo provas de meu sofrer.
Uma pequena e irrisória despedida
Fez-me ver, sem lucidez, a vivacidade
Crer, que sempre é dia de partida
Deu-me, o fugaz desejo, de felicidade.
“Quem alimenta o desejo de vida, certamente já cruzou com a morte na sua esquina sombria.”
Thaís Milani
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