domingo, 27 de fevereiro de 2011

Segunda Pessoa do Singular


Destes dois olhares, para corromper m’alma,
E sem tua derradeira face, tomas minha calma.
Dominastes meu ser, com teu mero sorriso.
Banhastes minha vida e retiraras dela o siso.

Aflito em meu cômodo vazio, pranteio tua partida.
Porque foras e deixaste-me sós; criastes minha ferida;
E nela refugio a distância de um amor interrompido
Postes em meu ar uma espessa nébula, onde me despido.

Pois, não vistes meu ser que clama por tua existência,
Abandonastes a vida, e tudo nela possuí tua essência.
Não! Se for isto um castigo me desponho a cumprir,
Se pelo amor que tu me tinhas, deixaste contigo eu partir.

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