quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Mãe Celeste


Tu que és como eu.
Com faces ocultas e intransponíveis,
Quando só, inerte no breu.
Presa a fios intransigíveis.

Flutua, com mãos divinas a te firmar
Me observa, em noites frias e vagas,
Acalenta, tortura e afaga
Amante do céu, prisioneira do mar.

Cubra-me com teu manto brumoso.
Anseio por teu olhar piedoso,
Sofro, quando nuvens a cegam.
Morro, quando olhos te negam.

Tu, que para mim és como o véu.
A raínha, a dama do céu.
A chama dos amantes,
Luz nas noites errantes.

Dá-me tua graça. Dá-me teu explendor,
Derreta minha alma com teu brilho.
Compadeça-te deste pobre andarilho.
Encha o vazio com teu amor.

Um comentário:

Anônimo disse...

Ainda me surpreende tamanha inspiração...
Não é só a lua, mas qualquer tema vira um poema.






Paulo