
Tu que és como eu.
Com faces ocultas e intransponíveis,
Quando só, inerte no breu.
Presa a fios intransigíveis.
Flutua, com mãos divinas a te firmar
Me observa, em noites frias e vagas,
Acalenta, tortura e afaga
Amante do céu, prisioneira do mar.
Cubra-me com teu manto brumoso.
Anseio por teu olhar piedoso,
Sofro, quando nuvens a cegam.
Morro, quando olhos te negam.
Tu, que para mim és como o véu.
A raínha, a dama do céu.
A chama dos amantes,
Luz nas noites errantes.
Dá-me tua graça. Dá-me teu explendor,
Derreta minha alma com teu brilho.
Compadeça-te deste pobre andarilho.
Encha o vazio com teu amor.
Um comentário:
Ainda me surpreende tamanha inspiração...
Não é só a lua, mas qualquer tema vira um poema.
Paulo
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